Sandra Tavares

15-04-2012 00:45

 

 

 

Vida e carreira de Sandra Tavares

O seu passado como modelo, durante o tempo de estudante, deu-lhe sempre uma aura especial, mas Sandra é muito mais do que uma mulher alta, bonita e simpática. É uma das melhores enólogas nacionais, responsável por alguns dos vinhos portugueses mais premiados internacionalmente.

Apesar de ter entrado no mundo da moda com 16 anos e de ter desfilado em Paris, Milão, Londres e Nova Iorque, Sandra nunca teve dúvidas sobre o seu futuro.

Hoje, Sandra, com 38 anos, divide-se entre a Quinta de Chocapalha, a Quinta do Vale D. Maria e Vale Mendiz, sede da Wine & Soul, empresa que possui com o marido e que, além do Pintas, produz também o Guru. Chocapalha é um projecto da família, que tenho com o meu pai e as minhas irmãs, mas também sinto um carinho especial pela Quinta do Vale D. Maria.

 

Para além do Douro, Sandra está ligada à região de Lisboa, através da Quinta de Chocapalha, propriedade da sua família. Aliás, a enóloga confessa que o interesse pela área do vinho se deve aos antecedentes familiares: Sandra já pisava uvas no lagar da quinta do avô em Alcochete. Assim, optou por se licenciar em Engenharia Agronómica em Lisboa, enquanto fazia alguns trabalhos como modelo nas semanas de moda mais famosas do mundo. Depois rumou a Itália, onde se especializou em enologia e voltou para Portugal, para a região do Douro.

Os vinhos da Wine & Soul têm sido bem recebidos pela crítica nacional e internacional, por isso Sandra encheu-se de orgulho quando o Pintas 2001 e Pintas 2003 “foram considerados pela conhecida crítica de vinhos Jancis Robinson, como os melhores vinhos do Douro no Financial Times”.

“O vinho que me deu mais prazer criar foi talvez o Pintas 2001, devido a ser a realização de um sonho de fazer um vinho com o meu marido num projecto só nosso”. A esse projecto, a Wine & Soul, Sandra dedica-se de uma forma perseverante: “primeiro é fundamental assegurar a consistência dos nossos produtos e se calhar, daqui a uns anos, quando tiver uma equipa bem formada, talvez possa partir para outros projectos de fazer vinhos lá fora, por gozo pessoal”.

Apesar de confessar que é difícil e exigente, Sandra procura estar próxima do consumidor final: “Faço questão, sempre que possível, de estar presente nas provas com os consumidores, não só para explicar o vinho e ter uma proximidade maior com o cliente, mas também para perceber o que é que o consumidor está à espera e qual é a reacção aos nossos vinhos”.